sábado, 13 de novembro de 2010

Por que não ser Anti-Social

Hoje sou amigável, brinco, falo, converso.
Mas nem sempre fui assim.
Houve uma época que ao invés de social era sincero.
Não só sincero com outros, mas também comigo mesmo.

Um tempo em que fazia o que queria,
Só me preocupava com o que me agradava.
Só conversava com quem me ouvia.
Obviamente só comigo falava.
E com a opinião alheia não me molestava.

Nunca fui criança, nunca inventei universos fantásticos
pois já vivia em um universo realístico
no qual tudo era fato, nada era mágico.


Minha infância passei pensando sobre o mundo,
sobre as coisas, sobre as pessoas, sobre aquilo
que adultos se recusavam a me falar.
e a se questionar.

E pouco me importando com aqueles com quem
eu deveria me relacionar.
E por anos fui o louquinho, o moleque sozinho.
aquele que fala estranho, aquele que de nada gosta
aquele que com ninguém fala, aquele que nada faz.

Até que então os gloriosos adultos,
aqueles que sabem que crianças são perigosas
prestaram atenção a o infante excluso
e prontamente o enviaram a psicóloga
com medo de que pudesse ser violento
com medo de que destruísse sua escola.

Então percebi que quando não se é social,
a sociedade te teme irracionalmente,
por não entender o que faz de você diferente,
Por querer conhecer tudo que lhe envolta
e destruir tudo que não compreende.

Não sou social por que gosto de pessoas
Pessoas são em geral idiotas, egoístas, medrosas
fracas, egocêntricas, carentes, e furiosas
Sou social, por que quando se vive em sociedade,
Estas pessoas são que decidem sua validade.

Sou social por que em uma sociedade não há lugar para anti-sociais.

Só há lugar para mentiras, desejos, hipocrisia e individualidade.

Todos cobertos com um escarlate veludo chamado:

Amizade.

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